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Caio Coletti

“Pose” vai acabar: 10 séries com personagens trans para ver no lugar dela

Três temporadas revolucionárias: com o final marcado para 2021, em seu terceiro ano, “Pose” elevou a representatividade transgênero na TV para outro patamar - mas ela não operou essa revolução sozinha, e ainda há muita série bacana com personagens trans para ver por aí. Abaixo, reunimos algumas que saem do óbvio (a gente sabe que você já vê Transparent, Sense8, Orange is the New Black e Euphoria!).


1.Banana

Três anos antes da estreia de “Pose”, Bethany Black foi a primeira mulher trans a interpretar uma mulher trans na TV britânica -- nas séries-irmãs “Cucumber” e “Banana”, ela foi Helen, uma jovem às voltas com um ex ciumento. O criador de ambos os dramas, Russell T. Davies, insistiu com o estúdio que escalasse Black, e não um ator ou atriz cisgênero, ameaçando modificar completamente o roteiro caso não fosse atendido. Desde então, Black apareceu em outras séries, como “Doctor Who” e “No Offence”.


2.Dispatches from Elsewhere

Simone (Eve Lindley) é um raio de sol, iluminando qualquer ambiente em que entra. “Dispatches from Elsewhere” acerta em cheio ao trazer uma rara personagem transgênero como protagonista romântica, permitindo que ela brilhe em complexidade e conflito humano, mas também em carisma e charmes o bastante para comprarmos sua química com o protagonista Peter (Jason Segel). A série em si é uma mistura deliciosa de realismo mágico e metalinguagem, mas só Simone (e Lindley) seriam motivos o bastante para assistir.


3.First Day

Originada de um curta-metragem lançado em 2017, “First Day” trouxe a questão da juventude transgênero para a TV australiana em 2020, mas merece ser vista no restante do mundo também. É a história de Hannah (Evie McDonald), uma garota trans de 12 anos de idade, lidando com as pressões comuns do amadurecimento e as questões adicionais da sua identidade, que ainda é segredo para a maioria das pessoas no começo dos quatro episódios da série. É uma viagem curta e recompensadora de TV.


4.Good Girls

O momento fofíssimo da segunda temporada de “Good Girls” em que Ben (Isaiah Stannard), o filho de Annie (Mae Whitman), se assume trans para a mãe, foi um dos maiores presentes de representatividade LGBTIA+ da televisão norte-americana naquele ano. Desde então, a série mostrou que sabe lidar com a questão de maneira inteligente e respeitosa -- sem centralizar a questão do gênero em todas as histórias que envolvem Ben, nem deixar de considerar sua posição como coadjuvante na história centrada na mãe, mas sempre abrindo espaço para que ele seja quem é em seus momentos em cena.


5.Supergirl

Vai ter super-herói trans sim! Nia Nal (Nicole Maines) estreou na quarta temporada de “Supergirl” como uma aprendiz de repórter sob a tutela de Kara (Melissa Benoist), a personagem título da série. Ela se assumiu trans pouco depois, e acabou descobrindo poderes vindos de sua ancestralidade alienígena -- capaz de prever o futuro e realizar projeção astral, Nia se tornou aliada chave da Supergirl e assumiu o alter-ego de Dreamer ao combater os vilões de National City. A série vai acabar este ano, na sexta temporada, mas a personagem, que teve sua origem na série, vai fazer o pulo para as páginas dos quadrinhos da DC.


6.Star Trek: Discovery

A chegada de Adira e Gray Tal no universo “Star Trek”, na terceira temporada de “Discovery”, marcou o momento histórico em que a franquia, uma das maiores da ficção científica, introduziu os seus primeiros personagens transgêneros ao público. Adira se identifica como não-binárie, e Gray é um homem transmasculino - o romance épico dos dois personagens conquistou o público, e mostrou mais uma vez que “Star Trek” estava disposta a “ir onde nenhuma série jamais esteve” para incluir todos em sua visão do futuro.


7.Tales of the City

É pioneirismo que você quer? Começando em 1978, Armistead Maupin escreveu sobre a comunidade LGBTIA+ em San Francisco em sua série de livros “Tales of the City”, incluindo uma protagonista trans que se tornaria um verdadeiro ícone: Anna Madrigal. Em 1993, a obra inicial da franquia foi parar na TV, com Olympia Dukakis encarnando inesquecivelmente a personagem -- após algumas continuações ainda nos anos 90, em 2019 a Netflix retomou a premissa em uma minissérie deliciosa, que expandia o mundo LGBTIA+ da trama e incluía vários outros personagens trans, cada um envolvido em sua própria (e rica) história.


8.The Fosters

Reconhecida quase universalmente como a mais inclusiva da séries teen, “The Fosters” incluiu dois personagens trans em papéis proeminentes em suas cinco temporadas: Cole (Tom Phelan), um jovem que vai com a protagonista Callie (Maia Mitchell) ao baile da escola; e Aaron (Elliot Fletcher), um advogado que a ajuda com um problema na quarta temporada e mais tarde se torna seu interesse romântico. O spin-off “Good Trouble” continuou a tradição ao introduzir Jazmin, a irmã trans do personagem Gael (Tommy Martinez), outro interesse romântico da protagonista.


9.The Chi

A criadora de “The Chi”, Lena Waithe (que é uma mulher lésbica) prometeu que a terceira temporada da série seria “a mais gay até agora”. Ela não mentiu: entre as várias storylines LGBTIA+ da produção (excelente) da Showtime, conhecemos Imani (Jasmine Davis), a determinada e amorosa namorada de Trig (Luke James), que o ajuda a recuperar a guarda do irmão mais novo, Jake (Michael Epps). A série toca com delicadeza na identidade de gênero da personagem, mas se concentra mesmo em seu extraordinário carisma e força de espírito.


10.Work in Progress

Coescrita e produzida por Lilly Wachowski, metade da dupla de irmãs, e mulheres trans, responsável por “Matrix” e “Sense8”, dessa vez “Work in Progress” é atípica para a obra das duas: sai a ficção científica, entra uma comédia sincera e contemporânea sobre Abby (Abby McEnany), uma mulher auto-identificada como lésbica que se apaixona perdidamente por um homem trans, o barista Chris (Theo Germaine). A série corajosamente discute a identidade sexual e de gênero como objeto histórico e psicológico, que compõe fundamentalmente a nossa colocação na sociedade -- tudo sem deixar de se divertir.


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